Como funciona o teste alérgico de contato

O teste alérgico de contato, ou patch test denominado como teste epicutâneo é a forma de identificar e ter o diagnóstico da dermatite de contato.

Através deste procedimento é possível ter uma definição se existe uma resposta inflamatória da pele, decorrente a exposição de substâncias externas.

Diante disso, a dermatite de contato pode ser característica do aparecimento do eczema em alguma parte do corpo em virtude de um agente externo.

Com isto o patch test também não é indicado para dermatite ou eczema de contato por ser um irritante primário, ou seja, quando não existem anticorpos, por isto, ela é ideal caso tenha eczema por irritação no local.

Os patches são protegidos com fitas hipoalergênicas. Nenhuma picada de agulha está envolvida. O teste de contato não testa urticária ou alergia alimentar.

teste alergico contato

Quando fazer o teste?

O teste é feito quando não é possível identificar a causa da alergia da pele, desta maneira é preciso fazer a investigação clínica ou então à consulta para ter o resultado do exame do paciente.

 

Procedimento

Normalmente 70% dos casos de alergia da pele é ocasionada por mais de 30 substâncias, por isto é utilizado sustâncias pré-estabelecidas.

Para o teste alérgico de contato o profissional capacitado faz o teste, assim alergistas e dermatologistas são os médicos especialistas que possuem tratamento e podem fazer o procedimento.

O procedimento é feito da seguinte maneira, cada substância é aplicada direto na pele, e depois ocluída com um curativo. Em seguida, o paciente volta a sua rotina normal, mas com cuidado para não expor o local a água e sol.

Depois são feitas duas leituras, uma inicial após 48h (dois dias) e outra com 72h/96h (três a quarto dias).

O exame é composto por 30 substâncias padronizadas pelo departamento especializado de alergia dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O resultado é classificado da seguinte maneira:

  • (-) Negativo;
  • (?) Duvidoso – leve eritema (vermelhidão).
  • (+) Positivo fraco – eritema e pápulas (elevação formando pequena placa);
  • (++) Positivo forte – eritema, pápulas e vesículas (pequenas bolhas).
  • (+++) Positivo muito forte – eritema intenso, pápulas e vesículas confluentes podendo formar bolhas.
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Cuidados antes do teste

  • O teste não pode ser feito quando existem lesões ativas (agudas).
  • Os anti-histamínicos não interferem no resultado.
  • É preciso suspender o uso de corticosteroides sistêmicos (via oral), além de corticosteroides injetáveis de depósito, pois pode influenciar no resultado por 30 dias. Já os corticosteroides tópicos no local precisa ser evitado por 15 dias.
  • O paciente não deve se expor ao sol por 15 dias antes do teste.
  • As drogas imunossupressoras (azatioprina) negativam o teste.
  • Na gestação não deve fazer o teste.

 

 

Exemplos de dermatite de contato

  • Rosto: esmalte de unha, perfumes, loções pós-barba, materiais em suspensão no ar (pó de cimento, tintas e vernizes), hidratantes, protetores solares e cosméticos
  • Pálpebra: esmalte de unha, aro de óculos, colírios, cosméticos.
  • Pescoço: perfume, gravata, colares, casacos de pele.
  • Região peitoral: colares, sutiãs, sabões.
  • Axila: perfumes, talcos, desodorantes e creme depilatório.
  • Mãos: luvas, anéis, moedas, volante de automóvel, gasolina.
  • Pés: sapatos (couro, borracha ou plástico), meias, medicamentos para os pés.
  • Relacionada a profissões: joalheiros (níquel, cromo, couro, ouro), médicos (borracha, látex), carpinteiros (serragem de pinho, alcatrão), cozinheiros (flavorizantes, condimentos), sapateiros (borracha, resina epoxi).

 

O que é testado?

Os alérgenos aplicados são adaptados ao indivíduo. Uma série básica de alérgenos é aplicada, juntamente com outros alérgenos específicos relevantes para o indivíduo.

Exemplos de substâncias que podem causar dermatite de contato alérgica incluem: níquel, fragrâncias, conservantes como metilisotiazolinona e corantes capilares.

 

 

Preparo teste alérgico de contato

Antes de fazer o teste de contato é preciso que o profissional oriente e retire os medicamentos que possam interferir no exame, como antialérgicos e corticoides.

Além disso, o local deve estar íntegro, por isto, em alguns casos é preciso tratar a região antes de se aplicar o teste alérgico de contato, pois raramente o teste é feito em outros locais como pele das coxas.

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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