Tratamentos para calvície

A calvície masculina ou alopecia androgenética é a doença responsável pela perda de cabelos nos homens. Suas causas são genéticas, sendo a condição mais comum em indivíduos com ascendência europeia.

Os primeiros sinais podem ocorrer na adolescência, mas os efeitos são mais nítidos entre os 25 e 40 anos. A calvície se manifesta de forma gradual. Primeiro os fios capilares demoram mais para crescer e em seguida eles se tornam mais finos e vão parando de crescer lentamente.

Saiba mais sobre esta condição, seus sintomas e causas, e conheça os principais tratamentos para calvície masculina.

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Além de um considerável aumento no volume de fios no travesseiro, na escova e no ralo do chuveiro, é comum que a pessoa note uma significativa diminuição na espessura dos fios e o aparecimento de falhas no couro cabeludo.

Sintomas da calvície masculina

Os primeiros sinais da calvície geralmente aparecem aos 17 anos de idade, mas tornam-se mais notáveis com a chegada dos 25 anos e a medida que o indivíduo se aproxima da quarta década de vida. 

Além de um considerável aumento no volume de fios no travesseiro, na escova e no ralo do chuveiro, é comum que a pessoa note uma significativa diminuição na espessura dos fios e o aparecimento de falhas no couro cabeludo. 

A médio e longo prazo surgem grandes áreas desprovidas de cabelo na testa, as famosas “entradas”. Com o tempo, é formada a “coroinha de padre”, aquele pequeno círculo sem cabelos na parte central da cabeça. Dessa maneira, os fios se concentram apenas na região de trás e nas laterais do crânio.

Ciclo de vida do cabelo

Você já deve ter reparado que o cabelo de todas as pessoas caem e que há épocas onde a queda é mais intensa. Isso pode ser entendido a partir do ciclo de vida do cabelo, que também explica porque nem sempre a eliminação de fios é sinal de calvície. 

Os fios de cabelo, assim como os pelos, são estruturas proteicas cilíndricas que crescem através da pele pelos folículos pilosos. 

Cada região tem sua própria característica e velocidade de crescimento, isso é facilmente perceptível quando comparamos cílios, cabelos, barba e pelos pubianos, por exemplo. 

No caso do couro cabeludo, que é o que mais nos interessa aqui, estão presentes mais de 100 mil fios de cabelo, que crescem em média de 1 a 2 cm por mês. 

Todos os dias perdemos aproximadamente 75 a 100 fios. Dependendo da época do ano, da fase da vida e de fatores ambientais, esta perda pode ser ainda maior. 

O ciclo de vida do cabelo se divide em três fases: 

Anágena ou fase de crescimento dos cabelos: Dura em média de 2 a 3 anos, podendo chegar até a 7 anos.

Catágena ou fase de involução: Dura apenas algumas semanas, em média duas ou três. Nesta fase o cabelo pára de crescer e o folículo começa a regredir.

Telógena ou fase de desprendimento: Dura 3 a 4 meses. O cabelo se solta da papila e uma nova fase de crescimento começa.

Esta última fase, é marcada justamente pela queda de fios mais antigos. O processo acontece em todo o corpo, porém, em diferentes velocidades para cada tipo de pelo. 

Neste momento, dos 100 mil fios cabelos do seu couro cabeludo, aproximadamente 85% estão na fase de crescimento, 5% na fase de involução e 10% na fase de queda.

Calvície ou queda comum?

Agora que você sabe que é normal alguns fios de cabelo cair, e que há uma fase do ciclo capilar em que isso se torna ainda mais intenso, como diferenciar os sintomas da calvície da queda fisiológica?

Como vimos, é normal que um homem perca entre 50 e 100 fios de cabelo por dia, sem o risco de desenvolver calvície masculina, já que a renovação capilar é um processo contínuo.

A suspeita de calvície masculina tem início com uma queda fora do normal. Nos casos da condição, o indivíduo nota uma queda acentuada de cabelo de maneira contínua, o que começa a produzir falhas no couro cabeludo. 

Se você tem histórico familiar para a condição, deve ficar sempre de olho nos sinais da doença. Quanto mais cedo você procurar pelos tratamentos para calvície masculina, menores os danos causados pela doença.

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Causas da calvície

A testosterona é a principal responsável pelo aparecimento da calvície. Quando atinge a raiz dos cabelos a testosterona sofre a ação de uma enzima que a converte em DHT ou di-hidrostestosterona, que é cinco vezes mais potente. Os receptores desse hormônio não estão igualmente distribuídos em todo o couro cabeludo contribuindo para o aparecimento da alopecia androgenética.

O contato dos hormônios masculinos com os receptores localizados nos pelos modifica o crescimento dos mesmos, sua textura torna-se mais fina e seu crescimento mais lento, diminuindo seu padrão e caminhando para sua perda definitiva. É a chamada miniaturização folicular. A fase de crescimento (anágena) torna-se mais lenta e o período de descanso (catágena) torna-se mais prolongado, interrompendo-se por completo.

As mulheres também podem ser acometidas pela calvície, mas seu número é inferior, pois o nível de testosterona nas mulheres é menor. Mas o estresse da vida moderna somado ao abuso de produtos químicos aplicados nos cabelos, podem contribuir para uma acentuada queda dos cabelos nas mulheres.

As que sofrem de síndrome do ovário policístico tem mais predisposição de desenvolver alopecia androgenética, bem como as pessoas que sofrem de anemia, deficiências nutricionais ou hormonais, problemas na tireoide, etc. Os principais tratamentos para a calvície são o uso de medicamentos, tônicos, xampus e os transplantes capilares.

Quando procurar um médico?

Você deve procurar um dermatologista assim que começar a suspeitar de calvície, principalmente se percebeu os sintomas da doença e tem pai ou avô calvos. 

É comum encontrar dicas tratamentos para calvície masculina que prometem ação imediata, milagrosa até, mas jamais se automedique. Você pode comprometer a sua saúde e ainda sofrer um efeito rebote, fator que pode intensificar ainda mais a queda. 

Além da queda excessiva de cabelo e da redução do volume dos fios, excesso de oleosidade e coceira no couro cabeludo são sinais de que é hora de buscar um dermatologista para receber o diagnóstico e descobrir qual a melhor forma de tratamento.

Tratamentos para calvície masculina 

O objetivo dos tratamentos para calvície masculina é conter o avanço da doença. Como vimos, a calvície é uma  tendência genética e, enquanto estiver em progressão, a terapia tem de ser mantida. 

O padrão ouro para a doença é medicamentoso, fármacos como a finasteria e a dutasterida são capazes de bloquear a ação da DHT. Embora sejam seguros, tais medicamentos só devem ser utilizados perante indicação médica. Da mesma forma o minoxidil, um vasodilatador usado via oral capaz de retardar a queda e aumentar a espessura dos fios. 

Que tal conhecermos melhor os principais tratamentos para calvície masculina?

Finasterida

A finasterida é uma medicação oral que inibe a ação da enzima 5-alfa-redutase responsável pela transformação da testosterona em DHT, hormônio que desencadeia alopecia androgenética.

Utilizada primeiramente para o tratamento da próstata, a finasterida tem contribuído com resultados satisfatórios no tratamento da calvície. Diminuindo em até 70% o hormônio DHT, a substância reduz a calvície e recupera as áreas perdidas, sendo mais funcional para as áreas do topo da cabeça e frontal.

Seu uso deve ser contínuo, mas podem ocorrer efeitos colaterais, como perda da libido e disfunções ejaculatórias.

Para evitar esses efeitos é preciso prescrever uma medicação de baixa concentração, e se for possível o uso tópico (aplicação diretamente na pele), para que não haja algum problema sistêmico.

Minoxidil

O minoxidil é um tônico capilar muito utilizado para o tratamento da queda de cabelos. Sua ação estimula a absorção de oxigênio e nutrientes no bulbo capilar, prolongando a fase de crescimento do cabelo (anágena). O minoxidil também contribui para tornar os fios mais grossos.

Deve ser aplicado diretamente no couro cabeludo duas vezes ao dia. Podem ocorrer alguns efeitos colaterais como irritação local, crescimento de pelos na face e nas mãos e até taquicardia.

Laser de baixa intensidade

O uso do laser de baixa intensidade (1 a 500 mw) tem apresentado resultados significativos. Não provoca aquecimento térmico local, não havendo perigo de desenvolvimento de cancro.

A luz do laser estimula as células e acelera seu metabolismo, ocorrendo aumento da divisão celular, melhor síntese proteica e crescimento dos pelos. Seu uso deve ser concomitante com a finasterida e o minoxidil.

O laser deve ser utilizado quando a calvície está em seu estágio inicial ou intermediário, pois somente pode agir quando as raízes dos pelos estão vivas. Quando não há mais cabelo a solução é o transplante capilar.

Transplante capilar 

O transplante capilar é feito com a retirada dos folículos capilares do próprio paciente para as áreas calvas. Geralmente são retiradas áreas em torno da nuca e das laterais da cabeça.

Após o transplante é mais remota a chance do DHT agir, diminuindo a probabilidade dos fios sofrerem miniaturização.

É um procedimento cirúrgico e demanda um profissional habilitado para a realização.

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Outros tipos de queda de cabelo

Além da alopecia androgenética, mais conhecida como calvície masculina, outras condições podem causar a queda de cabelo. Veja só!

Eflúvio anágeno

É a queda de cabelo que ocorre, por exemplo, na quimioterapia, radioterapia ou envenenamentos com mercúrio.

Eflúvio telógeno

A perda de fios é um efeito colateral causado por drogas, deficiência de vitaminas, alterações hormonais ou estresse. 

Alopécia traumática

Ocorre quando o cabelo é perdido devido a traumas químicos ou mecânicos. Em muitos casos é provocada por técnicas de alinhamento de cabelo com repetidas trações. 

Alopécia areata

É uma doença autoimune onde os anticorpos atacam os folículos pilosos, causando perda de fios e pelos em qualquer parte do corpo. 

Tinea capitis

Doença causada pela infecção do couro cabeludo por fungos.

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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